Por Helcio Kovaleski
Fotos: Divulgação/João Pedro Agostinho
A Vigilância Sanitária de Tibagi emitiu parecer técnico favorável ao retorno gradual das aulas a partir do próximo dia 2 de agosto. O parecer foi exarado após vistoria de fiscalização sobre as ações e protocolos de biosseguridade contra a Covid-19 realizada nos 15 estabelecimentos de ensino da cidade, entre 21 de junho e o último dia 2 (dez da rede municipal, quatro da estadual e uma particular).
A vistoria teve o objetivo de garantir o cumprimento dos protocolos da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) referentes à segurança sanitária do ambiente escolar para a prevenção da disseminação da Covid-19, além de orientar diretores e professores sobre as especificidades do protocolo. De acordo com a médica veterinária Carolina Santos, gerente da Vigilância Sanitária, cerca de 98% das escolas estão adequadas para a volta às aulas. “Depois das ações realizadas nas instituições, o parecer técnico da Vigilância é adequado. As escolas estão adequadas para o retorno [das aulas], seguindo todos os protocolos de biossegurança”, afirma. “Acredito que os professores, diretores e funcionários estão preparados e bem orientados. Claro que, agora, com uma ação junto com os pais”, observa.
Conforme explica Carolina, o índice de 98%, “na realidade, é um número que a gente trouxe porque, em algumas escolas, ainda faltavam coisas estruturais, mas que ainda estavam se adequando”. “Na semana em que a gente foi visitar [as escolas], eles já tinham a previsão de quando chegariam algumas coisas. Algumas estão passando por reformas, mas agora acredito que já está tudo de acordo”, diz.
A secretária municipal de Educação e Cultura, Anne Elize de Souza Wrobel, afirma que a vistoria foi feita a pedido da sua pasta. “A nossa equipe acompanhou essa vistoria. Sempre tinha uma representante da Secretaria junto com a Vigilância, observando essas adequações que foram realizadas. Nesse tempo em que a gente estava arrumando as escolas e preparando a volta dos alunos, sempre estávamos em diálogo, orientando como deveria ser feito, e isso foi muito positivo, porque, no momento da fiscalização, as coisas estavam bem adequadas”, relata, lembrando, no entanto, que a vistoria foi feita nas escolas sem alunos. “A única escola que estava com aluno foi o Colégio Integração. Nós vamos continuar essa parceria com a [Secretaria de] Saúde, com a Vigilância Sanitária, na continuidade dessas vistorias a partir do momento em que estivermos com alunos. Porque, daí, é uma outra situação”, ressalta.
A vistoria obedeceu ao seguinte calendário: em junho, nos dias 21 (Centro Municipal de Educação Infantil Dona Mathilde), 22 de junho (Colégio Estadual Professora Leopoldina Bittencourt Pedroso), 23 (Escola Municipal Professor Aroldo e Colégio Integração), 24 (Escola Municipal Professora Ida Viana de Oliveira), 25 (Cmei Madrinha Augusta, Escola Municipal Deputado Davi Federmann, Colégio Estadual João Francisco da Silva, Escola Municipal São Bento e Escola Estadual Baldomero Bittencourt Taques) e 30 (Cmeis Dona Inez e São José); e em julho, nos dias 1º (Colégio Estadual Irênio M. Nascimento e Escola Municipal Telêmaco Borba) e 2 (Cmei Pré-Escola Aquarela).
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Cmeis têm adesivos e cartazes coloridos informando sobre prevenção à Covid-19
A reportagem da Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura de Tibagi acompanhou a vistoria nos Centros Municipais de Educação Infantil Dona Inez, no bairro Santa Rita, e São José, no bairro homônimo, em 30 de junho passado. A equipe – formada pela gerente Carolina Santos e por Cristiane do Prado, ambas da Vigilância Sanitária, e Juraci Vandoski, coordenadora do Escola de Jovens e Adultos (EJA) da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) – verificou as condições de higiene e sanitarização de cada Cmei, que contam com seus próprios roteiros de lavagem de mãos.
No Cmei Dona Inez, a equipe foi recebida pela professora Silvia Santilia Sampaio, coordenadora pedagógica dos Cmeis Dona Inez, São José e Dona Mathilda. Nessa escola, há um tapete sanitizante na porta de entrada e adesivos afixados no chão e cartazes coloridos com informações de como lavar as mãos. As salas do Berçário (com capacidade para três crianças e dois adultos), Maternal I e II (respectivamente, seis e oito pessoas) e Jardim (seis) são arejadas. As camas estão isoladas no corredor e o fluxo de limpeza inclui trocas de máscaras a cada três horas. Os bancos comunitários e o bebedouro estão isolados e os lugares das mesinhas do refeitório, marcados alternadamente com proibição de se sentar.
De acordo com Silvia, a alimentação das crianças será feita dentro das salas de aula e, na cozinha, só é permitida a entrada da cozinheira e da sua auxiliar. “Essa regra já vem desde antes da pandemia. Por isso é que não foi preciso fazer marcações de prevenção da Covid-19”, explicou. Há banheiros feminino e masculino e outro com acessibilidade. Nos três, “as crianças não entram sozinhas”.
Silvia ressaltou que a verificação do estado de saúde das crianças “começa já no portão”, com a aferição da temperatura. “Caso alguma criança apresentar sinal clínico de Covid-19, ela imediatamente será isolada das demais, em local pré-determinado, e seus familiares serão avisados”, contou.
No Cmei São José, além de Silvia Sampaio, quem também recebeu a equipe de vistoria foi a diretora Lucimara Aparecida Meira Mittelstedt. O hall de entrada é bastante espaçoso e arejado, assim como as salas do Berçário (quatro pessoas), Jardim (quatro), Maternal I (seis) e Maternal II (nove). Há dispensers com álcool em gel, papel-toalha e sabonete líquido fixados nas paredes na altura das crianças. A minibiblioteca está lacrada e isolada.